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A Chave para o Campo Sintérgico: entre Gatos Quânticos, Bússolas Loucas e a Partícula de Deus

3 min readApr 14, 2025
A psychedelic, colorful digital illustration showcasing a whimsical blend of elements: Schrödinger’s cat popping out of a box, a glowing compass pointing in all directions like Jack Sparrow’s, a Cheshire Cat floating in the sky grinning, a quantum particle storm around a human silhouette meditating in lotus pose, an hourglass melting like in a Dali painting, and strings connecting each object like constellations. The style is surreal, vibrant, humorous, and eye-catching

Há um fio que atravessa séculos, doutrinas, ciências e mitos. Um fio que conecta Einstein a Blavatsky, Jacobo Grinberg a Joe Dispenza, Helena ao Gato de Schrödinger. Um fio que às vezes se chama “fé”, às vezes “visualização”, às vezes “campo quântico”, e que — no fim — sempre volta para o mesmo lugar: dentro de você.

O que Jacobo já sabia (e tantos outros também)

A teoria sintérgica de Jacobo Grinberg não é uma ilha. É uma síntese ousada de algo que foi dito e repetido, de formas diferentes,por gente que veio antes e depois dele.

Hoje, nomes como Vishen Lakhiani, Regan Hillyer, Gregg Braden e Joe Dispenza falam da criação da realidade como se fosse uma técnica: intenção, visualização e gratidão. Antes deles, Bob Proctor, Napoleon Hill, James Allen e José Silva. Este último, aliás, deixou tudo mastigado no Método Silva de Controle Mental. Literalmente: um passo a passo para acessar a mente como ferramenta criadora.

Mas isso tudo, tudo mesmo, já estava lá no Velho Mundo.

Na Bíblia, esse trio mágico se chama “fé”.
Nos papiros egípcios, magia.
Nos rituais secretos de Rosacruzes, Maçons e Iluminatis, ensinamento velado.
Na teoria da relatividade de Einstein, ganhou lógica: o tempo é relativo. A realidade é subjetiva.
Na física quântica, virou paradoxo: o observador cria a experiência.
No Gato de Schrödinger, a matéria responde a quem olha.

E o nome que estão dando agora para esse ponto onde tudo colapsa é…
Bóson de Higgs.
A famigerada “Partícula de Deus”.

Tudo é a mesma coisa

Não importa o nome, a origem ou o estilo de ensino. Todos esses caminhos dizem a mesma coisa:

A realidade é um reflexo do campo invisível, moldado pela consciência que o observa.

Esse campo é o que Jacobo chamou de sintérgico.
É o espaço de todas as possibilidades.
É o tecido que vibra conforme a vontade.
Mas há um detalhe essencial, e é aqui que tudo emperra.

O erro fundamental: não saber o que se quer

Minha teoria é simples:
Não sabemos o que queremos.

Somos como Jack Sparrow com sua bússola mágica.
Ela não aponta para o Norte, aponta para o que ele realmente deseja.
Só que Jack, como nós, se confunde: tem um destino em mente, mas não é aquele que seu coração anseia de verdade. E então a bússola gira, perdida.

Somos assim.
Confundimos vontade com expectativa.
Desejo com obrigação.
Objetivo com aprovação alheia.

Queremos o que dizem que devemos querer.

Para quem não sabe para onde vai…

É aqui que Lewis Carroll entra.
É aqui que o Gato Risonho talvez tenha chegado mais perto do Bóson de Higgs do que qualquer laboratório suíço:

“Para quem não sabe para onde vai, qualquer caminho serve.”

E é por isso que o campo sintérgico não se dobra para nós.
É por isso que a realidade continua sendo moldada por fora: pela família, pela sociedade, pela cultura, pela zona de conforto.

Uma zona de conforto que, vamos ser sinceros…
É uma bela bosta.

Todas as coisas nascem de uma vontade*

Essa sou eu citando a mim mesma.
Mas Schopenhauer disse algo parecido.
Nietzsche também.
E antes deles, muitos outros.

Você só vai tocar a Partícula de Deus no instante em que souber, com o corpo inteiro, o que deseja com o coração e a alma.

Não é sobre técnica.
É sobre clareza brutal.
É sobre a coragem de assumir seus próprios quereres, mesmo que ninguém os entenda.
Mesmo que ninguém os aceite.
Mesmo que ninguém mais os veja.

Porque é nesse momento que o campo te escuta.

E o mundo, finalmente, muda.

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*Citação de Se eu fosse um anjo, cairia por você

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B. Pellizzer | Escritora / Writer
B. Pellizzer | Escritora / Writer

Written by B. Pellizzer | Escritora / Writer

Não prometo finais felizes, mas prometo que vão te fazer pensar. Escritora de carne, osso e ironia.

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